Com a morte da inconfundível Amy Winehouse, me veio uma profunda angústia por ver deixarem morrer uma inteligentíssima artista que nem querendo conseguirão um dia fazer igual. Com jaz, soul e blues impregnado na veia e uma capacidade absurda de criar, dentro de seu próprio universo, músicas com letras chocantes, vocabulário rasgado, claro e despreocupado, interpretadas por uma voz vibrante, grave e às vezes estremecida, Amy marcou época e sempre será lembrada como a branca mais negra que o mundo já viu.
Dentro de minha súbita carência musical, não pude deixar de tirar do fundo do meu arquivo sonoro um músico, guitarrista e cantor do cacete que veste a camisa do rock-blues e que é conhecido por muitos, admirado por poucos e que nunca fez parte da roda da fama criada pela mídia...
Celso Blues Boy! Voz rouca, guitarra afiada e muito estilo!
Dos cinco shows que já assisti, ao vivo, não me esqueço de um em particular, época de faculdade, quando havia somente umas cem pessoas em um ginásio esportivo e após tocar o hino "Sempre Brilhará" ele vira para a platéia e diz: "São poucos, mas são os melhores!". Hehehe, a sensação era exatamente esta! Como muitas pessoas preferem encher um show do Latino, da Baba Baby (esqueci o nome dela) e de outros assim, tão superficiais, comerciais e às vezes vulgares e perdem a oportunidade de ouvirem letra, música e conjunto de qualidade! Todo mundo deveria, pelo menos uma vez, ouvir além do "HINO", Fumando na Escuridão, Aumenta que isso aí é Rock'n Roll, Brilho da Noite, Mississipi, Amor Vazio, entre outros clássicos!
Fica aqui meu luto pela imensa perda que o mundo sofreu e a lembrança de um outro grande ícone que ainda está vivo e muito pouco lembrado em nosso meio... Celso Blues Boy.
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