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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Vergonha Nacional!













Vimos hoje, nos telejornais, uma reportagem sobre um criminoso de guerra, Ratko Mladic, ex-comandante do Exército servo-bósnio, que estava foragido na Holanda, após ser indiciado a 16 anos de cadeia, pelo massacre de 8 mil homens e meninos mulçumanos durante a Guerra da Bósnia entre 1992 e 1995, dizendo que estava tratando de um câncer severo no peritônio, que ficou internado, blá-blá-blá blá-blá-blá...
Isso me fez lembrar que eventualmente presenciamos condenações de criminosos de guerra e de ditadores não menos criminosos pelo mundo a fora como, por exemplo, o Ex-General argentino Eduardo Cabanillas, que foi condenado à prisão perpétua por dirigir um centro de detenção e tortura, durante o regime militar daquele país, entre 1976 e 1983, além de três ex-integrantes do serviço secreto que também foram condenados por assassinato, tortura e prisões ilegais, naquele mesmo período que foi marcado por mais de 30.000 mortes e desaparecimentos na Argentina. Vale ressaltar que milhares de Argentinos foram mortos e torturados pela chamada Operação Condor, que foi criada em 1975 por autoridades militares da Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai, com o objetivo de silenciar a oposição, enviando equipes para outros países para monitorar, encontrar e matar os dissidentes.
Podemos citar também a condenação do ex-general chileno Hugo Salas Wenzel à prisão perpétua, em 2007, por violações de direitos humanos (assassinatos mesmo), durante o regime de Pinochet, entre 1973 e 1990.
Mas e no Brasil?
O Brasilzinho, do jeitinho, do não é comigo, do deixa prá lá porque ninguém lembra mais... 

Vocês sabiam que existe uma Lei da Anistia Brasileira, criada em 1979, que NÃO permite a condenação penal por crimes de agentes da repressão no país? Uma espécie de escudo criado para estarem sempre protegidos no futuro... A Lei da Palhaçada! Lei da Impunidade!
Quando escuto Chico Buarque cantando Apesar de Você, música que reflete bem a situação vivida naquela época de repressão (1964-1985), acho que a frustração que o compositor deve sentir quando amargura tanto descaso das autoridades com este passado sombrio de nossa história, deve ser tão grande que não sei se ele ainda hoje teria alguma esperança em ver seus opressores pagarem alguma coisa, muito menos com juros...

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